quarta-feira, 22 de abril de 2009

Fúria de titãs

Fúria de Titãs é uma aventura mitológica que tem por base a lenda de Perseu que foi devidamente ajustada para envolver os espectadores em uma história fantástica, mesclando romance e ação.
Infelizmente a mitologia ainda não despertou o interesse dos cineastas na proporção merecida, e é muito gratificante quando existe a proposta de se produzir um filme do estilo. Mesmo com alterações significativas na lenda original, o filme desperta algo muito mais importante do que o debate sobre o grau de alteração da lenda; desperta o interesse do espectador pela mitologia, o interesse em saber mais sobre Perseu e os Deuses do Olimpo. Lembro que assisti o filme no cinema e que logo em seguida estava procurando livros sobre o assunto.
Os efeitos especiais mudaram e estão muito mais avançados do que as técnicas utilizadas por Ray Harryhausen (produtor e responsável pelos efeitos especiais), que era mestre nas animações stop motion e no uso de miniaturas. Porém não existe dúvida que o filme vai agradar muito, principalmente a geração que ainda não teve oportunidade de ter contato com a mitologia Grega. Até porque, os efeitos, obsoletos ou não, ainda apresentam uma Medusa que continua fantástica.
Também a despedida de Harryhausen do cinema, Fúria de Titãs não conta com um elenco, mas sim com uma constelação com nomes como Laurence Olivier, Maggie Smiths, Ursula Andress, entre outros. Sem falar das paisagens lindas, decorrentes das locações escolhidas na Itália, Espanha e Ilha de Malta.
Beverley Cross além de ser o roteirista era o marido da maravilhosa Maggie Smiths e amigo de Harryhausen (com que trabalhou em 1977 no filme Simbad e o Olho do Tigre), montou uma história ao agrado de seu amigo, mas altamente dependente da criatividade do diretor e de Harryhausen. O que resultou como sendo seu último roteiro.
O visual merece destaques positivos e negativos (por incrível que pareça), conseguindo resultar em cenários ótimos e terríveis, ótimos como as locações que citei acima e terríveis como as luzes néon atrás do trono de Zeus. A trilha sonora é muito boa e a avaliação geral do filme é a garantia de entretenimento para a família toda.

Opus Dei: uma cruzada silenciosa


Filme ainda não comentado. Caso tenha visto, deixei o seu comentário abaixo que ele será submetido a análise e publicado.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

As diferenças culturais do sertão nordestino

Baseado em histórias de família que ouvia quando criança, Marcelo Gomes acalentou durante sete anos, quatro dos quais buscando as verbas necessárias, a idéia de falar sobre esse encontro inusitado, sobre esse diálogo entre seres de culturas e visão de mundo tão diferentes.
Uma ficção, mas a narrativa por vezes assume a postura de documentário. E em alguns momentos realmente é: as pessoas que, deslumbradas, assistem ao filme projetado pelo alemão estão realmente vendo uma projeção cinematográfica pela primeira vez. Essa é a população de Picote, uma das quatro cidades do interior da Paraíba onde o filme foi rodado. As outras são Patos, Pocinhos e Cabaceiras.
Marcelo Gomes construiu um produto diferente da maioria dos filmes atuais, que costumam ter uma temática mais objetiva, uma câmera mais agitada e uma montagem mais nervosa. Este é um filme que nos convida à contemplação, à observação, sobretudo do ser humano em relação ao seu ambiente.
Contemplado em 2005 com o prêmio do Ministério da Educação Nacional da França, que faz parte da política governamental de educação para e pela imagem. Na entrega do prêmio, foi enfatizada a dimensão pedagógica do filme, indissociável de suas qualidades artísticas, que, ao relatar o trajeto dos personagens, podia levar os alunos a questionarem sobre seus próprios caminhos.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O amor está acima das diferenças culturais

Superprodução épico-musical de Bollywood, Jodhaa Akbar conta a história de uma aliança entre duas culturas e religiões, onde o Imperador muçulmano Jalaluddin Mohammad Akbar casa-se com a jovem e destemida Jodhaa, filha do Rei hindu Bharmal de Amer. Um romance épico do século 16 que parte dos campos de batalha onde o jovem Jalaluddin é coroado, passando pelas conquistas que lhe deram o título de Akbar, o Grande. Em seus esforços para fortalecer suas relações com os hindus, Akbar aceita desposar a bela e desafiante Jodhaa, sem saber que vai por sua vez embarcar numa nova jornada – a jornada do amor verdadeiro.