sábado, 28 de fevereiro de 2009

Mesmo retratando evento histórico na divisa com o Uruguai, filme tem forte ligação com o RN

Produzido em 1986, dirigido por Roland Joffé, com Robert de Niro, Jeremy Irons, Lian Neeson. 121 minutos. Flashstar.
"No século XVIII, na América do Sul, um violento mercador de escravos indígenas, arrependido pelo assassinato de seu irmão, realiza uma auto-penitência e acaba se convertendo como missionário jesuíta em Sete Povos das Missões, região da América do Sul reivindicada por portugueses e espanhóis, e que será palco das "Guerras Guaraníticas".
Veja o contexto histórico: Ao longo dos séculos XVI e XVII várias missões católicas foram criadas pelos jesuítas na América do Sul. Surgidas no século XIII, com as ordens mendicantes, esse trabalho de evangelização e catequese, desenvolveu-se principalmente nos séculos XV e XVI, no contexto da expansão marítima européia.
Embora tivessem como objetivo a difusão da fé e a conversão dos nativos, as missões acabaram como mais um instrumento do colonialismo, onde em troca do apoio político da Igreja, o Estado se responsabilizava pelo envio e manutenção dos missionários, pela construção de igrejas, além da proteção aos cristãos. Na análise de Darcy Ribeiro em "As Américas e a Civilização", as missões caracterizaram-se como "a tentativa mais bem sucedida da Igreja Católica para cristianizar e assegurar um refúgio às populações indígenas, ameaçadas de absorção ou escravização pelos diversos núcleos de descendentes de povoadores europeus, para organizá-las em novas bases, capazes de garantir sua subsistência e seu progresso".
Durante o século XVIII o movimento missionário enfrentou problemas na América do Sul, em áreas de litígio entre o colonialismo espanhol e português. No sul do Brasil, a população indígena dos Sete Povos das Missões, foi submetida pelo Tratado de Madrid (1750), um dos principais "tratados de limites" assinados por Portugal e Espanha para definir as áreas colonizadas.
Pelo Tratado de Madrid, ficava estabelecida a transferência dos nativos para margem ocidental do rio Uruguai, o que representaria para os guaranis a destruição do trabalho de muitas gerações e a deportação de mais de 30 mil pessoas. A decisão foi tomada em comum acordo entre Portugal, Espanha e a própria Igreja Católica, que enviou emissários para impor a obediência aos nativos. Os jesuítas ficaram numa situação delicadíssima, pois se apoiassem os indígenas seriam considerados rebeldes, e se contrário, perderiam a confiança deles. Alguns permaneceram ao lado da coroa, mas outros, como o padre Lourenço Balda da missão de São Miguel, deram todo apoio aos nativos, organizando a resistência desses índios à ocupação de suas terras e à escravização. Dá-se o nome de "Guerras Guaraníticas" para esse verdadeiro massacre dos nativos e seus amigos jesuítas por soldados de Portugal e Espanha. Apesar da absurda inferioridade militar, a resistência indígena estendeu-se até 1767, graças as táticas desenvolvidas e as lideranças de Sépé Tirayu e Nicolau Languiru.
No final do século XVIII, os índios já tinham sido dispersados, escravizados, ou ainda estavam refugiados, na tentativa de restabelecer a vida tribal, que os caracterizava antes das missões.

A missão jesuita no RN. Ruinas de São Miguel em Extremoz

Os indios viviam tranquilos sob a proteção dos Jesuítas. Porém, os jesuítas foram expulsos em 1725, e viviam na aldeia 1.429 índios, muito gado e uma bela capela. Segundo Câmara Cascudo, a mais bela arquitetura colonial da época. A Vila Nova de Extremoz, a primeira do Estado, foi fundada em 1758, por Bernardo Coelho Gama Casco. Fora sempre povoada, com terrenos e plantios desde o início do Séc. XVII. Os holandeses visitavam-na freqüentemente e pensavam em dividir a Tijuru ( Lagoa de Extremoz), transformando-a em reservatória d’água. Separando suas águas pela Ponta Francesa e Ponta Grossa, a Seção superior seria mantida doce pelo rio Caratã a parte inferior ficaria salgada ou salobra, comunicando-se com o mar através do Rio da Redinha que, à época, permitia passagem de botes e embarcações de fundo chato, transportando os produtos da região.

A árvore mística em frente ao templo sagrado

Seria este mais um dos muitos baobás trazidos para o RN pelos jesuístas. A Revista Michalense, na internet diz: "Na frente do enterramento vão os escudos partidos, E os estandartes cabidos Vão ... era uma arvore que mais se agrupava nas dimensões, no género dos baobás do que ..ou então de restos de ruínas de castellos feudaes desapparecendo quasí. junto a Extremoz (1663) sendo nosso general D. Sancho Manoel...". O baobóa, para os jesuitas, tinham uma mística especial. Como as folhas são digitadas, equivaliam aos cinco dedos da mão, ou as cinco chagas de Cristo na Cruz. No senegal, sua vida longa, representava longevidade a tribo.

A ex-lagoa Tijuru, hoje Extremoz agoniza

Imagino, como no filme "A missão" a importância desta lagoa para a vida dos índios Tupis. Aqui eles pescavam, tomavam banhos e realizavam seus rituais. Patrimônio histórico cultural e ambiental do RN, está sendo destruído aos poucos. Do lado de Extremoz, o Urbanismo está tomando conta, com vários loteamentos abertos e casas construídas diariamnente. Do lado oposto, Guajiru, grandes projetos ditos "ambientais" são desenvolvidos. Mas o fato é que eles estão é desmatando. Veja na foto o clarão, onde o vermelho da terra aparece como uma grande chaga. Do lado de Natal, as indústrias tomam conta de sua margem. No ano passado (2008), mês de outubro, nativos me informaram de um fato jamais presenciado. As canoas encontravam dificuldades de navegação, se enrolando na lama e vegetação aquática. A foto não mostra esta realidade, pois foi feita no carnaval de 2009, quando a região da Grande Natal recebeu fortes chuvas.

Túnel dos índios Tupis resiste ao esquecimento

Este é o túnel que ainda sobreviveu ao tempo (click na foto e ela será ambpliada). Abandonado e esquecido do público, este túnel é uma prova viva e material de uma história de resistência, sangue e barbárie que marcou a colonização do RN. Para resistir ao trabalho escravo dos colonos no século XVII, os índios Tupis e Paiacus construíram uma rede de túnel, a qual, ligavam o mosteiro jesuíta de São Miguel e outro até a Ponta dos Franceses. Mas, se não forem tomadas medidas urgentes, ele pode desaparecer, assim como aconteceu com o outro, que foi soterrado por uma capinadeira que fazia limpeza do solo. O túnel fica ao pé de uma frondosa mangueira, e somente tive acesso porque contei com a colaboração de um nativo, já que se tem de enfrentar um terreno repleto de urtigas, e passar por baixo de arames. Também sua visitação é probida porque é uma propriedade privada.

Mangueira sombreia túnel cavado pelos índios


Abaixo desta frondosa mangueira está um dos túneis cavados pelos índios. O outro foi aterrado quando o proprietário da área fazia carpinagem.

Antiga estação ferroviária de Extremoz

Na foto (click sobre ela e será ampliada), em frente a casinha, o fucionário aposentado da Rede Ferroviária e Comercial do RN. Sua casa é um patrimônio histórico (datada de 1932), primeira estação ferroviária de Extremoz, que funcionou até a década de 70. Graças a ele, tive acesso ao túnel dos índios que os índios construíram para se esconderem do massacre dos colonizadores. Ele me falou das lendas de Extremoz, de fantasmas que puxam as pessoas, cobra sem cabeça, etc.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Artigo. Uma história realista

Imagine que, um dia, o nosso mundo seja surpreendido pela invasão de seres extraterrenos do planeta Kronck (que acabo de inventar). Os krokrianos são fisicamente iguaiszinhos a nós, humanos, mas possuem uma tecnologia militar superavançada.
Eles saltam dos discos voadores e nos lançam um olhar de desprezo. Depois nos avisam que acabam de descobrir um novo planeta; a nossa terra! Ou seja, a partir de agora, eles são os descobridores e se consideram no direito de mandar em todo o mundo.
Caçoam da gente de nos tomam por primitivos, próximos aos macacos ou insetos. Para eles, as músicas, as comidas, os livros, os objetos e os filmes humanos não valem nada. Botam fogo em tudo, derrubam os prédios mais bonitos, acabam com os jardins. Depois, dizem que nós, humanos, somos criaturas inferiores, incapazes de apreciar o belo, de manifestar sentimentos elevados, de amar a verdade.
Os humanos são escravizados e obrigados a trabalhar a vida inteira nas plantações que os kronkrianos instalaram aqui a Terra. Todos nós sejamos brasileiros, norte-americanos, japoneses, russos ou indianos temos de falar o idioma kronkriano, vestir roupas da moda kronkriana e venerar os deuses deles.
Nossas cidades são arrasadas para que construam o que chamam de ‘benfeitorias’. O Oceano Atlântico é transformado num pântano porque suas águas foram drenadas para os aquários do imperador Kronk, dito ‘o sábio’.
Os humanos tentam se rebelar, mas, as armas kronkrianas são superiores às nossas. Eles reprimem com violência. Torturam e matam inclusive crianças. Vazam olhos, castram, cortam gargantas. Fazem isso com prazer, matam em nome de seu deus. Não temos a menor chance.
O kronkrianos transmitem doenças que eram desconhecidas na Terra. Nosso organismo não desenvolveu resistência a elas. A peste krokriana matam bilhões de seres humanos, impiedosamente.
Continuemos o pesadelo. Passam-se séculos. Quase todos os humanos já morreram. Os poucos que sobreviveram tentam sobreviver na única área permitida a eles: o deserto da Amazônia, uma antiga área de floresta equatorial que foi devastada por empresas madeiras kronkrianas.
Nas escolas kronkrianas, os estudantes aprendem que, um dia, no ano de 1208 a. K (antes dos kronkrianos), os bravos pioneiros descobriram o Planeta Azul nº 3. Esses heróis do passado submeteram os selvagens humanos, que eram hostis. Trouxeram a civilização. Eram os conquistadores.
Nos filmes, os mocinhos kronkrianos atiram nos humanos para salvar as donzelas kronkrianas dos ataques dos bandos de humanos. E, quando algum kronkriano suja a rua ou rasga uma poltrona do cinema,as pessoas comentam. “Que coisa horrorosa, parece até um humano”! Adoram gracinhas preconceituosas do tipo “Quando um humano não faz cocô na entrada, faz na saída”. Os kronkrianos ricos detestam praias e clubes lotados de kronkrianos pobres, a quem comparam com “essa humanada nojenta”.
Até que um belo dia, os geólogos kronkrianos descobrem ricas jazidas de minerais no deserto amazônico. Em áreas de reserva humana. Não importa. As empresas kronkrianas se deslocam para lá e não hesitam em roubar as terras e agredir os humanos. Os jornais kronkrianos, contudo falam que “o progresso chegou à região”.

#A foto acima é das ruinas da missão jesuíta de São Miguel, Extremz(RN). Um dia os kronkrianos estiveram lá. Olha o que restou? Até sua memoria, os pós kronkrianos estão deixando morrer.

#Smidith Mario. Uma história crítica. 6ª série, Editora Nova Geração, 1999, p. 146-148.

www.wlisses-cienciasdareligiao.blogspot.com/


Aconselho assistir aos filmes

A missão
O Novo Mundo
Panchahontas

domingo, 22 de fevereiro de 2009

O paraíso pode estar por traz do pecado

Em uma grande casa de campo, três crianças encontram-se sob cuidados de uma severa governanta (Maggie Smith, de Mudança de Hábito). Mary (Kate Maberly) é uma menina órfã e rebelde. Seu primo Colin (Heyden Prowse) é um garoto mimado e cheio de manias e Dockon (Andrew Knott) é um menino gentil e atencioso. Juntos eles desafiam as regras da casa e descobrem um jardim abandonado, que se transforma em esconderijo particular. Através do carinho desses três amigos, o velho jardim transforma-se em um lugar mágico, cheio de flores, surpresas e alegria. O Jardim Secreto é um lugar fantástico onde não existe tristeza e arrependimento...um lugar onde a força da amizade pode trazer de volta a beleza da vida. Venha descobrir esse lugar onde a amizade é a chave que abre todas as portas.Diretor: Agnieska Holland. Cantor/Ator/Banda: Kate Maberly, Heydon Prowse, Andrew Knottt. Duração: 101 minutos. Gênero: Aventura/Infantil

A luxuria do pecado na culinária francesa

Na desolada costa da Dinamarca vivem Martina e Philippa, as belas filhas de um devoto pastor protestante que prega a salvação através da renúncia. As irmãs sacrificam suas paixões da juventude em nome da fé e das obrigações, e mesmo muitos anos depois da morte do pai, elas mantém vivos seus ensinamentos entre os habitantes da cidade. Mas com a chegada de Babette, uma misteriosa refugiada da guerra civil na França, a vida para as irmãs e seu pequeno povoado começa a mudar. Logo Babette as convence a tentar algo realmente ousado - um banquete francês! Sua festa, é claro, escandaliza os mais velhos do lugar. Quem é esta surpreendentemente talentosa Babette, que tem apavorado os moradores desta devota cidade com a perspectiva deles perderem suas almas por deleitarem-se com prazeres terrenos? O filme é frances e dinamarquês,produzido em 1987, com legendas em português e inglês. A duração é 113 minutos.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Médico descobre raízes judaica no sertão nordestino

O Sertão nordestino é pano de fundo desta viagem às raízes do Brasil onde costumes e tradições apontam uma origem judaica que se confronta com o judaísmo oficial à partir do momento em que um grupo de pessoas resolve reivindicar essa identidade.
É daqueles documentários que poderiam ser declarados de utilidade pública, pela forma como traz informações novas ao público.
(O Estado de São Paulo, abril de 2005)
É uma bela reflexão sobre preconceito, fé e tolerância no Judaísmo.
(Isto É, maio de 2005) - Uma história real e curiosa sobre o resgate do Judaísmo no Brasil.
(Diário de Pernambuco, junho de 2005)
O documentário faz interessante análise histórico-sociológico-religiosa de um povo que preserva sua identidade. (O Estado de Minas, junho de 2005)
O grande trunfo do filme é simplesmente revelar esse fantástico capítulo da ainda pouco conhecida e provavelmente subestimada história dos judeus no Brasil.
(Folha de São Paulo, agosto de 2005)

Coleção com 3 DVDs sobre a história das religiões

Religião, filosofia, pragmatismo e ceticismo são temas que provocam a reflexão sobre a existência humana: de onde viemos, para onde vamos e porque estamos aqui.Povos de diversas partes do mundo, em épocas diferentes, cada um à sua maneira procuraram e ainda procuram respondê-las.Em cada um destes três DVDs encontram-se algumas respostas, vistas a partir da ótica espiritual ou racional de africanos, ameríndios, budistas, católicos, ceticistas, confucionistas, egípcios, gregos, judeus, romanos, taoístas e xintoístas. Neles a viagem espiritual passa pela geografia e pela história. As imagens são deslumbrantes e as informações nelas impressas são certamente uma aula. A chance de se aprofundar em temas complexos são vitais à nossa compreensão da vida.História das Religiões 1 - 190 min. (Catolicismo, Religiões de Pequenas Sociedades ,Religiões Nativas da América, Africanos e Afro-Americanos). Confrontar culturas e aspectos sócio-econômicos de povos tão distintos quanto os Africanos, as antigas civilizações Inca, Maia e Asteca ou os mais de dois bilhões de católicos de todas as raças, é apenas uma das virtudes deste DVD. Nele estão expostas as diferenças e semelhanças de várias crenças ao redor do mundo, em exóticas locações, modos de vida e culturas.São 180 minutos que exploram principalmente os achados espirituais do homem na sua eterna busca pelo sentido da vida e as respostas às inquietações que sempre o intrigaram.Do amor e perdão que prega o catolicismo, aos cultos e ritos Africanos, Incas e Maias baseados na natureza, no trabalho, nas relações sociais, nascimento, vida e morte, este DVD aponta para a essência das questões humanas. História das Religiões 2 - 190 min. (Judaísmo, Hinduísmo, Protestantismo, Clássicos e Mitos do MediterrâneoAs religiões da Europa e as do Oriente estão neste DVD imprescindível. Deuses e mitos de civilizações antigas como a grega, a romana e a egípcia são abordados com informações detalhadas. A crença na reencarnação, a yoga e a meditação, os ritos de oferenda e a escrita sagrada Veda, do Hinduísmo, a segunda religião mais antiga do mundo, são apresentados alternando o novo e o antigo.Belas imagens mostram a geografia, a sociedade e toda a riqueza da arte religiosa dessas civilizações, com delicadeza e tecnologia. .O judaísmo de quatro mil anos e suas implicações étnicas são apresentados e discutidos, de suas origens, fundamentos e história a documentos e entrevistas com líderes espirituais e conceituados professores. Um DVD que tem muito a ensinar.História das Religiões 3 - 237 min. (islamismo, xintoísmo, ceticismo, budismoe confucionismoAs convicções religiosas e filosóficas do Oriente estão expressas neste DVD, em contrapartida com o Ceticismo racional.A resignação islâmica é uma imagem impressionante num mundo já esquecido de valores espirituais.Alguns de seus inúmeros e rigorosos rituais de devoção são apresentados aqui, assim como sua limitada evolução através dos tempos. Vida é sofrimento e estar preparado para este sofrimento é o que o Budismo discute neste DVD, que mostra ainda como o pré-histórico Xinto é ainda uma extensão da cultura japonesa. Nessa viagem espiritual, que passa por correntes filosofica-religiosas da China à India, o fio condutor é a crença num Deus, que também os céticos explicam pela razão.

O teológo que sistematizou o cristianismo

Com direção do mestre italiano Roberto Rossellini (Roma, Cidade Aberta), Santo Agostinho é uma cinebiografia de Agostinho de Hipona (354 - 430), um dos grandes nomes do Cristianismo e um dos maiores filósofos da Humanidade. A Versátil apresenta o filme com áudio original em italiano e opção de dublagem em português. Rossellini focaliza a principal fase da vida e da obra de Agostinho: o momento em que se torna bispo de Hipona. Com rigor histórico e realismo, o filme mostra seu combate aos heréticos donatistas, a sua famosa oratória, suas idéias e a realização de seus principais livros, como “Confissões” e “Cidade de Deus”. Inédito no Brasil, Santo Agostinho é um dos melhores trabalhos de Rossellini e uma oportunidade imperdível de se conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra de Santo Agostinho. Diretor: RobertoRosselliniCantor/AtorBanda: Dary Berkani, Virgilio Gazzolo, Cesare Barbetti, Bruno Cattaneo, Leonardo Fioravanti, Dannunzio Papini Duração: 115 minutos. Drama, audio italiano, com legenda em português.

A castração de um filósofo na Idade Média para manter o dogma do celibato

No século XII, Abelard (Derek De Lint), um respeitado filósofo e professor em Paris, é contratado para ser o tutor da bela e inteligente Heloise (Kim Thomson). Rapidamente eles se apaixonam, mas precisam manter seu relacionamento escondido de todos porque Abelard está comprometido com o celibato. A forma de separar os dois evitando escândalos na igreja e não perder o grande acadêmcio é a castração de Abelardo. Atores Derek de Lint, Kim Thomson, Denholm Elliott e Bernarde Hepton. Drama romântico, com duração de 115 minutos. Audio inglês, com legenda em português e espanhol.



A execução de um filósofo que contrariou aos dogmas do cristianismo medieval

Giordano Bruno é um das grandes obras do cinema político italiano dos anos 70. Esta Edição de Colecionador apresenta o filme em versão restaurada e remasterizada no formato widescreen anamórfico. Com direção precisa de Giuliano Montaldo (Sacco & Vanzetti), o roteiro mostra um dos episódios mais polêmicos da história: o processo e a execução do astrônomo, matemático e filósofo italiano Giordano Bruno (1548-1600), queimado na fogueira pela Inquisição por causa de suas teorias contrárias aos dogmas da Igreja Católica.
Giordano Bruno tem como destaque a impressionante interpretação de Gian Maria Volonté no papel-título, a música de Ennio Morricone e a belíssima fotografia do mestre Vittorio Storaro. Um filme simplesmente indispensável.
Com Giab Maria Volunté, Renato Scarpa, Mark Burns, Giuseppe Maffioli, Hans-Christian Blech, Carlotte Rampling, Mathieu Carrière, Massimo Foschi. Original italiano, com legendas em português, 114 minutos.

Quando Nietzsche chorou: razão x emoção

Baseado no best-seller e premiado romance de Irvin Yalom, o filme "Quando Nietzsche Chorou" conta a história de um encontro fictício entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (Armand Assante) e o médico Josef Breuer (Bem Cross), professor de Sigmund Freud (Jamie Elman). Nietzsche é ainda um filósofo desconhecido, pobre e com tendências suicidas. Breuer passa por uma má fase após ter se envolvido emocionalmente com uma de suas pacientes, Bertha (Michal Yannai), com quem cria uma obsessão sexual e fica completamente atormentado. Breuer é procurado por Lou Salome (Katheryn Winnick), amiga de Nietzsche, com quem teve um relacionamento atribulado. Ela está empenhada em curá-lo e sua depressão e desespero, assim pede ao médico que o trate com sua controversa técnica da "terapia através da fala". O Tratamento vira uma verdadeira aula de psicanálise, onde os dois terão que mergulhar em si próprios, num difícil processo de auto-conhecimento. Eles então descobrem o poder da amizade e do amor.
Elenco: Armand Assante, Andreas Beckett, Ben Cross, Jamie Elman. Direção: Pinchas Perry
Drama, 2007, 104 minutos. Produção russo e búlgaro. Dublado em português e inglês com legenda também em português e inglês

O poder do mito: os arquétipos universais nas narrativas sagradas em diversas culturas

Documentário com mais de 3h de gravação, título original em inglês e legendado em português.
Longe de serem apenas histórias antigas de gregos, fábulas para serem lidas em livros velhos ou contadas à noite às crianças, os mitos são narrativas com um extraordinário poder de penetração na psicologia humana. No trabalho de uma vida inteira, Joseph Campbell, um dos maiores mitólogos do mundo, mostrou que as mesmas histórias, ou os mesmos modelos básicos, em roupagens diferentes, podem ser encontrados na cultura de todas as civilizações humanas, do Oriente ao. Ocidente, do tempo das cavernas até hoje.
Nessa inebriante entrevista, conduzida pelo jornalista Bill Moyers, transmitida para o mundo inteiro e aqui no Brasil pela TV Cultura, Joseph Cambell fala sobre os mitos em todas as suas formas. Ele mostra, por exemplo, que filmes como Star Wars ou fatos históricos como o assassinato do presidente Kennedy têm uma enorme força sobre a imaginação popular porque estão profundamente ligados a mitos ancestrais.
Uma divertida viagem pela mente e espírito de homem extraordinário que sintetizou diferentes disciplinas: História, Religião, Filosofia e Cinema, e criou um dos mais importantes estudos de nossa época.

O Espiritismo de Kardec aos dias de hoje

Em comemoração ao Bicentenário de Nascimento de Allan Kardec (1804-2004), o Codificador do Espiritismo, a Federação Espírita Brasileira (FEB), em parceria com a Versátil Home Video, apresenta O Espiritismo - De Kardec aos Dias de Hoje. Esta Ed. Especial tem menus e legendas em oito línguas, incluindo Esperanto. O filme traz uma visão geral sobre os preceitos básicos da Doutrina Espírita e sua contribuição para o progresso e a felicidade do ser humano. Abrangendo desde as obras que compõe a Codificação do Espiritismo por Allan Kardec ao Movimento Espírita da atualidade,o DVD é uma excelente introdução à Filosofia, à Ciência e à Religião Espíritismo. Produzido em 1995, dublado com legendas em português tem duração de 52 minutos.

Mojubá, o candomblé no Brasil


Além de ser uma saudação em Iorubá, língua falada em diversos países africanos, este é o título de uma série de sete documentários, com trinta de minutos de duração cada, sobre várias religiões de origem africana. O primeiro documentário a ser exibido falará sobre fé e irá ao ar no dia 19.
O documentário conta com imagens gravadas no Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. A história dos quilombos e de outros valores da negritude, presentes na cultura brasileira, será contada de forma divertida e informativa. O primeiro DVD fala sobre as religiões, que nasceram na África, mas se formaram no país, e vai passear por terreiros e ver imagens de representações de orixás, presentes no Museu Afro Brasil, de São Paulo. O segundo, da culinária e dos costumes e o terceiro, das festas que migraram da África e findaram sendo incorporada ao calendário cultural brasileiro. É um excelente documentário para a compreensão da religiosidade iorubá.

Pierre Verger: o cidadão entre dois mundos

Verger: Mensageiro entre Dois Mundos traz um importante trabalho de pesquisa realizado pelo diretor Lula Buarque e o roteirista Marcos Bernstein (Central do Brasil), que estiveram na África, na França e na Bahia em busca da trajetória do fotógrafo e etnógrafo francês Pierre Verger.
Gilberto Gil é quem narra e apresenta Verger: Mensageiro entre Dois Mundos. O filme traz a última entrevista de Pierre Verger (filmada um dia antes de seu falecimento, em 11 de fevereiro de 1996), além de extenso material fotográfico, textos produzidos por Verger e depoimentos de amigos como o documentarista Jean Rouche (Musée de l'Homme, Paris), Jorge Amado, Zélia Gattai, Mãe Stella, Pai Agenor e o historiador Cid Teixeira.
A tão famosa ponte criada por Verger entre a cultura negra na Bahia e na África, rompida desde os anos 40, é reestabelecida no filme quando Gilberto Gil refaz o papel de Mensageiro e percorre os mesmos caminhos do fotógrafo.
Outra descoberta de Verger apresentada no filme, são os descendentes da única colonização feita por brasileiros: os "Agouda", africanos, habitantes do Benin e da Nigéria, que ainda hoje cultivam influências brasileiras trazidas por ex-escravos que retornaram do Brasil ao continente africano.(Redação Terra)

Desvendando a Maçonaria

Na visão do produtor, esta obra é uma incansável e reveladora investigação que remonta as origens, decifra os mistérios e derruba os mitos desta facinante sociedade secreta.
Não existindo outra produção em vídeo confiável, em vista de que os vídeos sobre a Maçonaria são de uma leitura duvidosa, geralmente feita por instituições religiosas que visam denegrir os demais credos, apresento este documentário como uma forma de se conhecer a Maçonaria. Porém, outras leituras merecem ser feita, e por isto aconselho a visita ao site da Maçonaria conforme link ao lado e também uma leitura na Encipledia Inglesa Miradouro, Volume 13, p. 7084-7090. Posteriormente irei publicar o artigo da Miradouro nesta página, em vista de que o acesso a esta obra é difícil, publicação rara, publicação de 1979. O artigo da Miradouro, apresenta a Maçonaria de uma forma mais científica, demonstrando impacialidade na apresentação dos fatos. Lembre-se, o objetivo desta página, inclusive do curso de Ciências da Religião é o da compreensão do fenômeno, não de uma análise valoritiva de uma instituição ou cultura em relação a outra.

Cafundó: análise do discurso e sincretismo religioso no Brasil

Diretor: Paulo Betti | Clovis Bueno: Elenco: Francisco Cuoco | Alexandre Rodrigues | Flavio Bauraqui | Leandro Firmino | Luis Melo | Valeria Mona | Leona Cavalli | Chica Lopes | Lazaro Ramos. Brasileiro, com duração de 102 minutos. Legendas em espanhol, francês, inglês e português.
Cafundó é uma crônica romanceada inspirada na vida real de João de Camargo, homem simples e ingênuo. Preto Velho milagreiro, ele viveu no Brasil no final do século XIX e início do século XX em Sorocaba, ponto principal do caminho das tropas que integrou as regiões Sudeste e Sul do Brasil. Escravo liberto, João de Camargo sofre o impacto do advento da modernidade e suas transformaçãoes políticas e econômicas, com a chegada da abolição, da república, da luz e da industrialização.
Este filme é muito importante para as disciplinas de cultura brasileira e quem pretende trabalhar na linha do sincretismo religioso. O filme também pode ser aproveitado para a compreensão do discurso religioso, ou seja, de como uma cultura constrói valores mentais. Tanto assim, que uma poesia falando da força da linguagem na cosntrução do social. "Tudo é linguagem, sem sacanagem...". Ler Peter Berger, "O dossel sagrado", ajuda a compreensão da força do discurso na objetivação da subjetividade humana e vice versa.Ou seja, a objetivação, internalização e subjetivação, a qual, dialeticamente constrói outras formas de ver o mundo. Em tempo, isto está subtendido no filme, não sendo, portanto, um discurso direto, mas uma forma de sua melhor compreensão.
Quanto a formação cultural brasileira, mais precisamente o sincretistmo religioso, aí sim, o filme é bem direto. Uma entrevista com Paulo Betty e outra com Florestan Fernandes, no menu "especial" deixa bem claro o objeto de estudo do diretor. Quando estava cursando, este filme me ajudou muito nas disciplas de Cultura Religiosa, com o professor Genaro Camboim e também para quem pagou a "Religiosidade Popular", com a professora Irena Van Den Berg.

Gandhi, a paz e a tolerância levado ao extremo

Sir Ben Kingsley estrela como Gandhi nesta fascinante biografia de Richard Attenborough sobre o homem que subiu de simples advogado a símbolo mundial de paz e tolerância. Uma obra-prima imprescindível, Gandhi é uma história intrigante sobre ativismo, política, tolerância religiosa e liberdade. Mas no centro de tudo isso, está um homem extraordinário que lutou por uma existência pacífica e libertou uma nação. Vencedor de 8 Oscar® incluindo melhor filme, melhor diretor (Richard Attenborough) e melhor ator (Sir Ben Kingsley), o aclamado elenco de Gandhi ainda inclui Candice Bergen, Edward Fox, Sir John Gielgud, Roshan Seth e Martin Sheen. Épico/Religioso. Atores Ben Kingsley, Martin Sheen, Candice Bergen, John Gielgud, John Mills, Trevor Howard, Edward Fox,Direção.Richard Attenborough, Idioma:Português, Inglês, Espanhol, Francês, Legendas. Português, Inglês, Espanhol, Francês, Coreano,
Ano de produção. 1982. País de produção:Inglaterra.Duração: 190 min.
Este é outro filme obrigatório na disciplina de Teologia das Tradições Religiosas, do professor Ródson Ricardo.O filme é muito importante pois marca a trajetório de um líder carismático que tinha como ideal de vida a paz levada ao extremo. Gandhi, como ele mesmo confessou era uma apaixonado da fala de Jesus Cristo em o Sermão da Montanha, em que se devia oferecer a outra face aos intolerantes. Por outro lado, Gandhi é o que eu considero uma espécie de patrono do Curso de Ciências da Religião por ele ser um defensor do respeito entre todos os credos. Para ele, Deus se apresenta em todas as religiões, sendo que a diferença esta no grau de compreensão de cada cultura. Uma versão avessa do fundamentalismo mulçumano e islâmico.

O pequeno buda: a sucessão de um Lama

Gênero: Drama. Título Original: Little Buddha
Tempo de Duração: 140 minutos
Ano de Lançamento (Inglaterra / França / Liechtenstein): 1993
Estúdio: Recorded Picture Company / CiBy 2000 / Serprocor Anstalt
Distribuição: Miramax Films. Direção: Bernardo Bertolucci Seattle. Um dia, ao voltar para casa, o arquiteto Dean Conrad (Chris Isaak) encontra dois monges budistas tibetanos, Lama Norbu (Ruocheng Ying) e Kenpo Tensin (Sogyal Rinpoche), sentados na sua sala de estar, conversando com Lisa (Bridget Fonda), sua esposa. Guiados por vários sonhos perturbadores, os monges viajaram do Nepal até Seattle pois acreditam que um garoto de 10 anos, Jesse (Alex Wiesendanger), o filho de Dean, possa ser a reencarnação de Lama Dorje (Geshe Tsultim Gyelsen), um lendário e místico budista. Inicialmente Dean e Lisa ficam céticos, especialmente quando os monges manifestam interesse em levar Jesse para o Butão, na intenção de comprovar ou não se ele é a reencarnação de Lama Dorje. Porém após o suicídio de Even, um sócio de Dean, este muda de idéis. Após deixar Lisa nos Estados Unidos, Dean viaja com o filho para o Butão.
Não é um filme bom de se ver, da mesma forma que Maomé, mas necessário para quem está iniciando o curso e precisa começar a compreender como se organizaram as outras religiões. Neste caso, o budismo, como alguns rituais, os quais diferentes do ocidental, é subjetivo e reflexiva, ao invés objetiva e contemplativa. Ideal para a compreensão da disciplina de Teologia das Tradições Religiosas, ministrada pelo professor Ródson Ricardo.

Abraão, o patriarca do judaismo

Áudio Original: Inglês, mas dublado em português Com Richard Harris,Barbara Hershey e Joseph Sargent.
Deus decide fazer uma nova promessa à humanidade depois das calamidades que culminaram no desastre da Torre de Babel. Abraão é escolhido para torna-se o "Pai das Nações" e a história da rendenção se inicia. Apesar de Abraão não ser o caminho, ele tem fé em Deus e obedece quando é ordenado a desistir de uma vida trocando-a por um futuro incerto e repleto de privações.
A meu ver, o mais interessante neste filme é que ele tenta reconstituir com uma certa fidelidade científica, baseado na arqueologia, texto bíblico e de historiadores, a trajetória de Abrão, saindo da Mesopotânia até o Egito. No decorrer do filme, se pode perceber como se organizava o povo daquela epoca, servindo de suporte para uma melhor compreensão da transição cultural do homem nômade ao sedentarismo. Observa-se, também, cultos totêmicos, religião natural e a importância da terra para os hebreus. É um filme que facilita a compreensão de dois textos essenciais para o curso. O primeiro é o de Don Cupitt, "Depois de Deus- o futuro da religião" e o outro é o do teológo brasileiro Leonardo Boff, sobre a Teologia da Libertação.

Maomé: o mensageiro de Alá

Gênero Épico/Religioso Atores Anthony Quinn, Irene Papas, Michael Ansara, Johnny Sekka, Michael Forest, Direção Moustapha Akkad, Idioma Inglês, Legendas Português, Espanhol, Ano de produção 1976 País de produção Líbia, Líbano, Arábia Saudita, Inglaterra, Duração 220 min. Distribuição Continental Home Vídeo Região Multizonal Áudio Dolby Digital 2.0 (Inglês) Vídeo Letterbox (Widescreen 2.35:1) Cor Colorido
No século VII, os poderosos líderes de Meca entraram em conflito com Maomé, que atacou seus hábitos materialistas e suas injustiças. Após as visões com o Anjo Gabriel, Maomé e seus seguidores vão para o deserto. Junto ao seu povo, Maomé lutou e derrotou os chefes de Meca, destruindo os 300 ídolos da Kaaba e passando todos a adorar um único Deus. Maomé vai para Medina e junto com seus seguidores constrói a primeira mesquita do mundo. Após longos anos fora de Meca, o número de discípulos cresce tanto, que Maomé decide voltar para Meca e finalmente a doutrina do Alcorão é ensinada para os mulçumanos. O Islã finalmente predomina no coração dos homens e mulheres mulçumanos e Maomé é considerado o "Mensageiro de Alah".