segunda-feira, 29 de abril de 2013

Justina Iva quebra o princípio de democracia participativa

Infelizmente a secretária de educação da prefeitura de Natal  Justina Iva, está dando demonstrações de falta de princípios democráticos. A equipe de coordenação da formação de professores, no encontro de hoje de manhã (29/04), anunciou que o crononograma construído pelos professores  teria de ser refeito, por exigência da secretária. Justina exigiu que fossem incluídos entre os temas, dois encontros sobre inclusão.
A exigência de Justina quebra um princípio que norteia a prática educativa que é o da participação popular de atores de determinado seguimento.
No primeiro encontro, que aconteceu o mês passado, os professores haviam construído, coletivamente, o cronograma dos temas a ser trabalhado em cada encontro. Inclusive foi abordado a necessidade do tema inclusão, mas que na votação venceram outros temas. A secretária também mandou o recado que uma representante da Secretaria também iria ocupar, por uma hora, dois encontros.
Não precisa ser um grande estrategista, para perceber que por trás desta "boa iniciativa" esconde um outro problema. Ou seja, com os dois encontros, certamente a Secretaria vai argumentar de que os professores de Ensino Religioso foram "capacitados" para enfrentarem os problemas advindos da complexidade que envolve o processo de inclusão. E assim, falsear o cumprimento da Lei que exige um professor auxiliar em turmas inclusiva.
Além disto, a secretária Justina também já elaborou um calendário de reuniões ordinárias com os gestores públicos. Eles irão acontecer todas as quarta-feiras da semana. Também não precisa ser um "especialista" . para entender que por trás desta preocupção com os gestores se esconde outro fato. Ou seja, uma espécie de doutrinação, manter em rédeas curtas os gestores que foram eleitos com o voto popular da comunidade escolar e não nomeados pela Secretaria.
Com isto, Justina Iva que tem sua carreira política construída sob o marketingde uma representante das forças democráticas,em poucos dias a frente da gestão, dá demonstrações de que sua administração vai ser centralizadora, mantendo seu corpo auxiliar a base de rédeas curtas.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Mais um ano sem dinheiro para reajuste dos professsores de Natal


A camarada Justina Iva bateu o martelo e deu como fato consumado de que não existe dinheiro para pagar reajuste e promoções dos professores da Rede Municipal de Ensino. Os motivos são os mesmos da ex-prefeita, Micarla de Sousa, a de que não existe dinheiro. E, caso se tente fazer um rearranjo cairá na camisa de força da Lei de Responsabilidade Fiscal e, consequentemente no crime de improbidade administrativa.
Isto foi o que ela falou na reunião com os diretores que vem acontecendo nas quartas-feiras, e assim será transformada em reunião ordinária. Na mesma reunião a secretária anunciou uma série de ganhos para a educação. Construções de 14 CEMEIs, climatização de todas as salas de aulas das escolas e quadros digitais. A Secretária garantiu que são recursos federias e estão garantidos.
Agora eu pergunto. Quando teremos reajustes salariais? Quando aparecerão estes recursos? No próximo ano, que é de Copa do Mundo. Aliás, o mesmo dinheiro que falta para melhoria salarial ao pagamento dos servidores públicos não faltou para as construções de elefantes brancos tipo o Arena das Dunas. Ninguém se atreveu a protestar que o dinheiro gasto com este elefante branco seria bem mais aplicado em outros setores da sociedade. Afinal são impostos pagos por cada um de nós, que contribuímos comprando pão, açúcar, arroz e café.
Mas, se os homens públicos não fizeram nada, qual seria a nossa posição? Deveríamos ter feito alguma coisa. Também não fazemos. O fato é que nós esperamos por uma força paternal que nos proteja. Delegamos poderes. Ao vereador, ao prefeito, aos promotores, aos juízes. Nosso compromisso se resume a votar. A falsa democracia.
Nós esquecemos que num grupo social existe correlação de forças. Nela, vence quem for mais forte e mais organizado. Os trabalhadores, sem dinheiro, se organizam em sindicatos. Eles são o único canal de luta. Empresários e industriais se organizam em federações, associações e confrarias. Com dinheiro, eles não precisam ir ao corpo a corpo na rua. Pagam páginas em revistas, jornais, anunciam em rádio, televisão. Compram “capachos”, dão doações às instituições de caridades, igrejas, entre outras ONGs. Prometem crescimento profissional, etc. Quem recebe, sabe o que acontece? Fica com rabo preso, silencia!
E agora, o que fazer diante deste quadro? Lutar ou desanimar. A luta será desigual, difícil de ser vencida, mas é um foco de resistência. É uma ameaça a ser observada por quem detém o poder.
 Não oferecer resistência, é escancarar as portas para que eles cresçam, se estruturem, e se transforme numa espécie de rolo compressor. Digo isto porque vivi na prática o sentido disto. Morei no interior do Estado e minha mãe era professora. O cacife político de lá fazia com minha mãe e com os outros funcionários públicos o que queria. Naquele tempo eram os temíveis anos da ditadura militar, que perderam força nos anos 70. Porém, agora, ressurge uma nova, agora não militar, mas econômica e judiciária, Ou seja, os trabalhadores se rendem aos salários miseráveis e as decisões judiciais, que são injustas aos menos favorecidos. No ano passado, a Justiça deu causa em favor de Micarla, e depois viram no que deu. Aliás, o que vai acontecer com Micarla? Se ela, e sua equipe não foram incriminadas, tudo não passou de uma armação contra a mesma?

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Entre a "ira santa" e o "cordeirinho manso"

Apenas cinco professores participaram da assembléia dos professores da rede municipal de ensino, que aconteceu nesta quinta-feira(25/04) no Winston Churchill. Na  foto, o colega Toinho conclumando aos outros colegas o envolvimento na luta em defesa da educação em Natal.
O fato é muitos colegas pecam pela omissão. Mesmo com todo descrédito dos poderes constituidos no país, a luta organizada ainda é a única esperança que os trabalhadores podem se apoiar. Além disto, é apenas entregar o destino aos que detém o poder, ou a Justiça. E como se tem vivenciado, ela pratica direitos em favor da estrutura dominante.
Muito se tem falando do mestre Paulo Freire. O pedagogo tinha um conceito que unia fé e religião. Era a "ira santa", no qual, contrário a moral cristã , do "cordeirinho imóvel" construída pelos dominantes, Freire  defendia que os cristãos deveriam ser manso, mas irados também. Ou seja, não se conformar com as injustiças. Acontece que este conceito de Freire é pouco lembrado nos dias atuais, mas somente o do cristão obediente. Morreu o Jesus da "ira santa" do templo de Herodes, e surgiu um cordeirinho manso, que espera que as coisas caiam do céu. Aí sim, me desculpem, mas o conceito marxista de alienação, nestemomento está vivo.Aliás, o filósofo Nietzche tem um texto muito bom sobre este comportamento moral, que o da "genealogia da moral".


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Ritual hindu numa comunidade natalense

Ritual hindu
Tive a honra de vivenciar um ritual numa comunidade hindu em Natal. O templo fica no bairro do Tirol e a comunidade se reúne aos domingos a  partir das 18 h.
É um um ritual muito rico em simbolismo. Ele inicia com a leitura de textos de livros sagrados, cantico de mantras, orações. Nele acontece a oferenda de flores e perfumes a Krisna. Tem o ritual do fogo, um elemento simbólico muito forte no hinduísmo. Ao final do evento é servido uma refeição totalmente vegetariana. Impressionante como, mesmo sem qualquer uso de carne ou gordura animal, a culinária hindu é saborosa. Aprendi muito neste momento em que estive com a comunidade.

Ritual a Iemanjá na Praia do Meio

Filhas de santo do orixpa Iemanjá
O encontro dos terreiros na virada de ano na Praia do Meio é um evento muito espiritual para os fiéis do candomblé, umbanda e jurema. Ele é muito significativo para as filhas de Iemanjá, o orixás das águas, do amor do altruísmo. Ela simboliza o princípio do amor maternal, o imago na psicologia, ou a anima na psicologia analítica de Jung.
Para os fiéis, é um ritual de agradecimento, de oferetar flores a Grande Mãe de todos os africanos, Iemanjá. A esperança de um ano de muita paz, amor, confraternização e harmonia entre os brasileiros. Veja na foto acima toda a beleza de uma criança filha de Iemanjá.