Baseado em histórias de família que ouvia quando criança, Marcelo Gomes acalentou durante sete anos, quatro dos quais buscando as verbas necessárias, a idéia de falar sobre esse encontro inusitado, sobre esse diálogo entre seres de culturas e visão de mundo tão diferentes.
Uma ficção, mas a narrativa por vezes assume a postura de documentário. E em alguns momentos realmente é: as pessoas que, deslumbradas, assistem ao filme projetado pelo alemão estão realmente vendo uma projeção cinematográfica pela primeira vez. Essa é a população de Picote, uma das quatro cidades do interior da Paraíba onde o filme foi rodado. As outras são Patos, Pocinhos e Cabaceiras.
Marcelo Gomes construiu um produto diferente da maioria dos filmes atuais, que costumam ter uma temática mais objetiva, uma câmera mais agitada e uma montagem mais nervosa. Este é um filme que nos convida à contemplação, à observação, sobretudo do ser humano em relação ao seu ambiente.
Contemplado em 2005 com o prêmio do Ministério da Educação Nacional da França, que faz parte da política governamental de educação para e pela imagem. Na entrega do prêmio, foi enfatizada a dimensão pedagógica do filme, indissociável de suas qualidades artísticas, que, ao relatar o trajeto dos personagens, podia levar os alunos a questionarem sobre seus próprios caminhos.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
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