segunda-feira, 20 de maio de 2013

Matéria da Nova Escola divide a discussão com o sagrado e o profano na formação do Ensino Religioso

Os professores da Ensino Religioso da rede municipal de Natal estiveram reunidos na manhã de hoje no auditório do Instituto Pastoral de Natal (Itempan). O evento foi o terceiro encontro do ano, da formação continuada, e mesmo tendo como pauta o sagrado e o profano no romance de José de Alencar, uma reportagem na revista Nova Escola, da editora Abril chamou a atenção dos participantes.
Na matéria, a revista advoga pelo final da disciplina  em vista de que o Estado é laico e não pode ser confessional. Ora, isto mostra o total desconhecimento da revista, em vista de que realmente a proposta de Ensino Religioso é de que a disciplina deve respeitar a pluralidade cultural que forma o quadro religioso brasileiro. Também a revista erra por desconhecer que artigo que fala sobre o Ensino Religioso com a participação facultativa foi abolido a partir da Lei que inclui o ER como disciplina curricular, inclusive com professores pagos pelo Estado. Ou seja, Ensino Religioso é uma disciplina complementar igual a Artes, Educação Física e Inglês, com carga horária a partir das séries iniciais.
O mais intrigante em tudo, é que anteriormente um professor de Natal entrou em contato com a revista presentando artigos e  proposta de planejamento.  A resposta da editoria da Revista é de que o ER é uma disciplina específica em prática em algum Estado, portanto não sendo interessante para a Revista. Ou seja, a Nova Escola trabalha numa concepção de lucro capitalista e assim não seria economicamente viável.
Sobre a Nova Escola, conversando com um proprietário de banca de revista de Natal, ele fazia o seguinte comentário. "omo é que uma revista como a Nova Escola diz não ter interesse financeiro, e é vendido a estre preço", argumentava o jornaleiro.
 O SAGRADO E O PROFANO - O sagrado no ritual da Jurema, fundamentado no livro Iracema de José de Alencar foi o tema do encontro. O trabalho foi apresentando pela professora do Estado, Maria de Fátima Araújo. Especialista em Ciência da Religião, Fátima realizou um trabalho com alunos do 9º Ano  na escola em que ela leciona. A proposta era que os educando encontrassem elementos sagrados na obra de José de Alencar, no texto onde versa sobre a cultura indígena do Nordeste brasileiro, mais precisamente no ritual da Jurema.  Esta é uma manifestação religiosa característica do índios nordestino e que seu ritual gira em torno de uma árvore sagrada para os índios, a Jurema.
Aantes, porém, foram vistos três reportagem do programa o Sagrado, da TV Globo. Nele, a televisão faz entrevistas com alunos, professores e pais de alunos sobre o Ensino Religioso nas escolas públicas.
Também foram discutidos a postura da  Secretaria Municipal de Educação quanto ao trato com a disciplina. A Secretaria usa a disciplina como tapa buraco, em vista de que professores de disciplinas como História, Filosofia, Sociologia, Artes e até português são colocados para nomear aulas de ER. Geralmente estes professores são apenas para taparem buracos, comentou uma professora.

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